Sou advogado, tenho origem negra e pobre. Estudei em escola pública e me formei em direito em uma universidade particular. Diante das dificuldades que passei, decidi que com meus filhos seria diferente. Abri mãos de viagens pelo mundo, de carros caros, de restaurantes finos, apenas pensando em uma melhor educação para eles. Escola particular seria a melhor opção, pois a concorrência estava cada vez maior.
Vivemos em um País onde a educação pública de base está falida, onde governos incompetentes e sem compromisso com a sociedade deixam de gastar com ensino para sobrar aos conchavos políticos e abastecer o sistema corrupto que corrói o nosso País. E agora,, criam uma formula mágica para facilitar o ingresso de alunos de escolas públicas nas universidades federais. Vão reservar 50% das vagas em universidades públicas para negros, pardos e índios oriundos de escolas públicas. Cadê nosso direito de igualdade conforme o artigo 5o da Constituição? Se a pessoa é negra ou afro-descendente e abriu mãos de muitas coisas na vida para educar seus filhos, ela igualá-se aos brancos!
Para usufruir das famigeradas cotas, além de ser negro também tem de ter cursado todo o ensino médio nas falidas escolas públicas.
Sou a favor de escola pública de qualidade, organizada, capacitada, com professores de primeira linha e compromisso profissional. Seria notório uma ótima remuneração e condições de trabalho.
O nosso país está rico, tem condições de investir em uma educação de verdade, haja vista os bilhões investidos para realização da Copa do Mundo.
Queremos uma educação digna para nossos filhos, em que negros, brancos e índios possam concorrer com plena igualdade, sem cotas, sem reservas, sem regalias.
Educação é obrigação e é dever de Estado.
Publiquei esta matéria em minha coluna simplesmente porque concordo com o teor do texto.
Excelente artigo.
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