segunda-feira, 20 de maio de 2013

MULETAS OU MALETA -



Conta  uma  velha  história  que certa  vez o  imperador  DOM  PEDRO  II,  depois  de  passar  o  verão  no  Palácio  Rio Negro,  em  Petrópolis,  voltou  para  o  Rio  de Janeiro  apoiado  em  duas  muletas,  pois sofrera  um  acidente  que provocara  uma  torção  no  tornozelo.  Noticiando  o fato,  um  jornal  informa  que  o  imperador  descera de  Petrópolis  apoiado  em  duas  maletas.
Como  o  jornal  era  oposicionista,  o  erro  de revisão  causou  a  maior  repercussão,  pois  os  governistas  alegaram  que  a falha  era  intencional,  para  sugerir  que  o  monarca  levava a,  na maleta,  objetos  furtados  do  palácio.
Foi  um escândalo  dos  diabos.  E  a  repercussão  foi  tamanha  que  o  jornal  publicou  a seguinte retificação:  Na  edição  de anteontem  noticiamos que   o imperador  desceu  de PETRÓPOLIS  apoiado  em  duas  maletas,  quando  na  verdade,  ele  regressou  apoiado  em  duas  mulatas.
Pior  a  emenda  que  o soneto.
Na verdade,  monarcas,  presidentes,  louros,  morenos, empresários, proletários,  nobres  e plebeus,  todos  estão  sujeitos  a  envolvimento  dessa  ordem.
Quando  se  trata  de  homens públicos,  porém,  episódios semelhantes   ganham  maior  dimensão,  ainda  mais  porque  os métodos  modernos  de  se fazer  jornalismo  confundem,  muitas  vezes,  o  fato  ocorrido com  a versão  revelada.
Afinal  o  homem, desde  ADÃO, foi  feito  de barro  e casos  de adultério,  mais ou menos  escabrosos, ilustram  a biografia  universal, a começar   do EGITO ANTIGO,  com  a grande rainha  HATCHEPSUT ou  bem  depois , na  RÚSSIA,  com  a culta  e endiabrada rainha  Catarina.
A verdade  é  que  as  histórias de  todos  os países  estão  cheias  de  desvios  morais  e mesmo  de escândalos sexuais.
Tanto  é  assim - dizem  as más  línguas  -que  o presidente   THOMAZ  JEFFERSON,  da impoluta  nação norte-americana, diante  de  certas acusações,  teria  explodido:
- Vocês  querem  um  presidente ou  um  eunuco  na  CASA  BRANCA?
Sei não.  Mas,  também não precisava  ser um barba-azul..
José bento.t.salles

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