terça-feira, 2 de setembro de 2008

OS POLITICOS CANDIDATOS COM FICHA LIMPA NA JUSTIÇA PRECISAM ATROPELAR OS CANDIDATOS DE FICHA SUJA

Candidatos que passaram pela convenção do seu partido para concorrer ao cargo de prefeito e vereador possuem ficha limpa na justiça. Será? Acredito que 80% dos pleiteantes são pessoas maravilhosas, são confiáveis. 20% são duvidosos. Possuem ficha suja no Cartório criminal.
Os candidatos ao cargo de vereador que não estão envolvidos em escândalos, não respondem a qualquer processo por corrupção ou outras formas de ataque ao dinheiro público precisam parar de perder tempo. É hora de mostrar ao eleitorado que vocês são diferentes daqueles que jogam no lixo a credibilidade da classe e dos poderes que ocupam, prefeituras, ministérios, autarquias e mesmo nas casas legislativas.
A atual fase pré-eleitoral é uma boa oportunidade para atitudes mais próximas da boa pratica republicana. Não dá para desconhecer a queda-de-braço entre os tribunais eleitorais(TREs) e o TSE. Os regionais estão dispostos a barrar o registro de candidaturas de políticos com ficha suja. Para eles, bastará uma condenação em primeira instância para os TREs impugnarem a candidatura, mesmo que tenha havido recurso à instância superior.
A ideia é prevalecer a moralidade para impedir que os espertinhos se aproveitem da moralidade dos ritos judiciais. Trata-se de orientação que contraria uma decisão do pleno do TSE, que em 10 de junho, mandou observar o princípio de que ninguém pode ser considerado culpado até a sentença condenatório transitado e julgado. O princípio é irretocável, mas nada impede que os políticos de ficha limpa façam, no âmbito dos partidos uma seleção mais rigorosa dos candidatos.
Há outra oportunidade, mais ligada ao exercício para a qual foram eleitos os parlamentares.
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal se prepara para examinar nos próximos dias, três projetos que trata da ilegibilidade de candidatos com ficha suja. O primeiro consolida o entendimento dos TREs, quanto a condenação em primeira instância.
O segundo considera também suficiente as decisões dos Tribunais de Contas.
Finalmente, uma proposta de emenda constitucional (PEC) que exigirá dos candidatos reputação ilibada e idoneidade moral, atestado por um juiz eleitoral.
Os deputados e senadores podem achar difícil aprovar mudanças desse tipo, assim como não será fácil vetar candidaturas no âmbito dos partidos.
Será preciso romper as resistências corporativas e superar a inércia patrocinada pelos interesses de políticos poderosos. Mas nenhum dos que tem ficha limpa deve desconhecer que esse é o sonho da maioria do eleitorado e que vale a pena tentar realizá-lo. A menos que aceitem ser confundidos com os que se distanciaram da lei e da ética.

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