sábado, 27 de março de 2010

SILÊNCIO DA RAÇA HUMANA VOLTOU A REINAR NOVAMENTE NO BRASIL

O trágico episódio que tirou a vida da criancinha ISABELLA, em São Paulo, levou aos tribunais os suspeitos do crime, seu próprio pai e sua madrasta.
Não nos cabe, porém aprofundar nos pormenores que envolveram o bárbaro assassínio e muito menos nos associar ao coro daqueles que, por meio de condenável sensacionalismo, procuraram sensibilizar a opinião pública.
Há um outro aspecto a ser considerado, que é o desenrolar do processo judicial, ou mais especificamente, o da realização do júri. Não é possível aceitar que os trabalhos se estendam por cinco ou seis dias, com evidente prejuízo para todos os envolvidos.
A legislação não deveria permitir abuso de tamanha intensidade, enclausurando homens e mulheres durante sucessivos dias, para afinal - no caso específico -decidirem, exaustos e obnubilados pelo cansaço, o destino de seus semelhantes.
Que se limite o número de testemunhas, que se reduza o tempo de depoimentos e dos próprios promotores e advogados, alguma providência precisa ser tomada para impedir este verdadeiro massacre humano imposto a todos os participantes.
Do Curso de Direito penal restou-me uma lição de ilustre criminalista italiano, autor de vários livros e respeitado mestre, cujas aulas eram dadas em absoluto silêncio dos alunos. Em uma das aulas, o ilustre professor discorria sobre a relatividade das provas testemunhais. O silêncio era total. Nisso entrou na sala uma pessoa vestida de palhaço, em cores bizarras, misturando azul com vermelho, amarelo com rosa e dando saltos e cabriolas sucessivos. A algazarra foi total, com os alunos às gargalhadas.
A pantomina durou alguns instantes, saindo logo da sala o palhaço.
O silêncio voltou a reinar.
Aí então professor pediu aos alunos que descrevessem a fantasia do palhaço. Cada um disse as cores disparatas e diferentes.
Ficava comprovado, então -como ficaria comprovado agora a relatividade dos testemunhos, com um fator diferente: a HILARIDADE de um e o CANSAÇO de outro

Nenhum comentário: