sexta-feira, 18 de junho de 2010

LIBERAL, QUEM, CARA PÁLIDA?

QUEM É NEOLIBERAL

OS MARQUETEIROS DO PT ESTÃO ESTÃO FAZENDO DE TUDO PARA GRUDAR EM JOSÉ SERRA O ÉPITERO DE NEOLIBERAL. SUA VITÓRIA IMPLICARIA UM RETROCESSO AO NEOLIBERALISMO.
VALEM 3( TRÊS) PERGUNTAS E UMA RESPOSTA. IMPLICARIA? Desde quando o neoliberalismo foi enterrado pelo PT?
Como é que se formam os dois preços mais importantes da economia, a taxa de câmbio?
Exatamente como antes de chegarem ao governo, os petista deixaram que esses preços fossem determinados pelos erráticos fluxos de capitais, quer dizer, pelo mercado.
A sustentação do crescimento depende dos investimentos e estes, em enorme medida, de taxas
de juros e de câmbio que não inviabilizem nossa competitividade, como acontece hoje na industria,enquanto a candidata do PT pisa ovos e não perde chance de reafirmar sua reverência às forças do mercado, como fez agora na palestra lida em Nova York, Serra levantou o assunto sem receio de cometer heresias antiliberais.
A propaganda eleitoral petista busca impingir a Serra intenções impopulares, como a de querer privatizar o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e a Petrobras. Não colou, mas o discursos chantagista não para.
Uma ameaça feita pelo MARKETING petista é a de que Serra cortaria o gasto público social, especialmente o gasto assistêncial. Quando ele teria feito algo semelhante no passado? Nunca. E nem os grandes teóricos do liberarismo são contra as transferências assistênciais, dado que defendem os gastos públicos que promovam a maior igualdade de oportunidades.
Famílias que vivem abaixo da linha de pobreza são as que mais carecem de oportunidades. Os que são contra costumam apelar para o surrado refrão que diz ser melhor ensinar a pescar que dar o peixe. Oram não se trata de uma coisa ou de outra. Junto com a bolsa família, o ESTADO deve proporcionar a saúde e educação de qualidade, o que não acontece por esse BRASIL afora.
Essa é a crítica de SERRA.
Nossas deficiências educacionais são muito sérias, como atestam as avaliações internacionais ( PISA ), nas quais o BRASIL sempre aparece entre os últimos colocados.
A questão da educação básicas é tão grave que deveria ser mais federizadas, assim como a segurança pública, tal como proposto por serra.
Educação e Segurança, como segurança, devem ser encarados como políticas de natureza universal, que demandam vultosos recursos, cortes, desperdícios, planejamento, disposição para enfrentar interesses e aversão ao loteamento político dos ministérios, das emprêsas, das agências reguladoras.
O tamanho do gasto público em relação ao PIB não é divisor de águas nem mesmo para o mainstream da teoria econômica. A discussão que interessa tem a ver com necessidades e com os meios para financiar os programas. A questão deve ser tratada de forma pragmática e não doutrinária.
Comparada à de outros países, e levando em conta a renda per capita, nossa carga tributária é elevada. Tão ou mais grave, porém, é a injustiça embutida na arrecadação. Basta lembrar que a carga para as famílias que ganham até dois mínimos mensais é o dobro em relação à das que ganham acima de 30. Estudo da CEPAIVONU ( LA HORA DE LA IGUALDAD) mostra a importância dos impostos e transferências para a distribuição de renda na EUROPA, enquanto no BRASIL e na AMÉRICA LATINA o efeito RESTRIBUITIVO é mínimo, quando não é regressivo. Serra tem se reposicionado claramente a respeito desse assunto espinhoso, sempre evitado pelos governos, inclusive pelo PT e, até agora, também pela sua candidata.

Por último, a candidata é apresentada como a HEROÍNA de um suposto retorno das políticas industriais no Brasil. Serra criou, na Constituinte, o Fundo de Amparo ao Trabalhador, que financia o BNDS, e foi ele quem propôs e aprovou o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte, Nordeste e Centro Oeste. Foi ele também que pilotou, no Planejamento, a implantação do regime AUTOMOTYRIZ que salvou, modernizou e descentralizou a industria automobilística ( incluindo o RJ). Já o PT preside um ciclo de desindustrialização e retorno de uma economia primária exportadora, incapaz de gerar empregos em quantidade e qualidade.
Empresta dinheiro subsidiado para empresas comprarem empresas, sem investimento novo, destroe cadeias produtivas, encolhe as exportações, de produtos com mais tecnologia, se humilha diante da CHINA e promove a farra dos importados.
Haja neoliberalismo.
CLAUDIO SALM
O globo; 16/06/10

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