domingo, 21 de agosto de 2011

PODER E CORRUPÇÃO -COMO SE JOGA O JOGO SUJO

O jovem brasileiro, honesto até a alma, participa de uma reunião em uma industria de refrigerantes, na qual se discute como burlar a concorrência para tirar vantagem em benefício próprio. A coisa segue níveis complicados, até que o rapaz não mais aguenta. EXPOLDE: NÃO É POSSÍVEL! Será que aqui todo mundo é corrupto?
Resposta de um dos presentes: NÃO CONHEÇO TODO MUNDO.
Essa é uma anedota que faz parte de uma comédia cinematógrafica americana, mas caberia à perfeição ao nosso panorama político brasileiro. A cada dia que passa, menos pejo os congressistas têm, ao cobrar as contas de uma adesão inteiresseira aos designíos do governo. Quem tiver que ser expelido que o seja; melhor, pois abrirá espaço para quem ficou de fora, a princípio.
As manobras a que se já se viu obrigada a presidente Dilma, nos seus quase 8 meses de atuação, são a prova inconteste disso. Os políticos há muito aprenderam que sempre se pode dizer não - e o custo disso é insignificante. Se pegos com a boca na botija, sempre confiam em que, daqui a no máximo seis meses, ninguém mais se lembrará dos problemas passados. O estrago nas suas biografias, portanto, será mínimo.
PAÍS DA IMPUNIDADE, O BRASIL se acostuma muito facilmente a todas as formas de boçalidade. Não raro, aplaude e incentiva algumas delas. É só olhar os nomes que integram o legislativo em BRASÍLA, para se encontrar quem tenha sido eleito a título de deboche ou protesto: políticos que funcionam, como puxadores de votos e que permitem rápidos momentos de ironia entre os eleitores . Políticos, alías, que aprendem rapidamente como se joga o jogo e, assim, ganham depressa inúmeras benesses.
Uma tendência nefasta como essa não acabará da noite para o dia, a não ser emprego da força, algo que não é muito comum neste país.
A solução, já foi dito, passa por múltiplas providências, entre as quais uma melhor distribuição de renda e um nível de educação mais elevado.
Será que, algum dia, poderemos aspirar a isso?


O Tempo.

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