A falta de verdade da Assembleia de Minas de esclarecer o que realmente aconteceu na votação de 30 de novembro é uma afronta aos cidadãos mineiros.
São mais de 17 dias desde o ocorrido e, até agora, nenhuma iniciativa prática.
O assunto está na Comissão de ética, MAS AINDA não há nem relator escolhido de verdade.
O fato é grave: algum parlamentar pode estar votando por outro. O uso de senhas particulares dos deputados é algo que não pode ficar no esquecimento. É preciso saber quem passou e quem recebeu e votou. E mais, é preciso também descobrir se o fato de 30 de novembro foi um caso isolado ou se pode ter se repetido outras vezes.
A existência de pianistas e fantasmas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais é uma suspeita que prejudica a imagem de toda a instituição e de uma dos parlamentares. Mas, certamente, são atos que devem ter sido cometidos por um outro parlamentar.
Sendo assim, a pergunta que se faz é a seguinte: POR QUE TODOS OS DEPUTADOS SE CALAM SE APENAS ALGUNS DEVEM ETAR ENVOLVIDOS?
A resposta não é fácil, mas não se pode desconhecer que o silêncio é uma forma de consentimento. Se nem todos estão envolvidos com a fraude do painel eletrônico, todos, sem excessão, são cúmplices da história.
Aí, é claro, a oposiçaõ vai dizer que ela fez o que pode, pediu investigações, colocou a boca no trombone. E foi isso mesmo, mas foi pouco.
Deputado que não concorda com a fraude deveria se negar a continuar votando -usar o painel eletrônico deveria ser algo impensável para quem não quer esconder qualquer tipo de irregularidade.
Falta vontade de apontar o dedo para o colega. Mas trata-se de um crime, não não de um pequeno equívoco.
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