O alardeado julgamento dos responsáveis pelo mensalão coincide com o início da campanha eleitoral municipal.
Ambos comprovam o baixo nível a que chegou o exercício da coisa pública.
Quanto ao primeiro, pode-se alegar que é um mal generalizado, existindo hoje em todos os países e próprio até mesmo da condição humana.
Ainda que seja assim, duas são as diferenças: a primeira é que no Brasil, o furto se institucializou como norma de governo e de comportamento político; a segunda diferença é que, nos outros países o crime é punido com o necessário rigor e entre nós a tendência é abrandar ou mesmo perdoar o responsável.
Quanto a campanha eleitoral, deve ser registrado, desde logo, o limitado padrão moral e intelectual da maioria dos candidatos à vereança.
Longe vai o tempo em que a cadeira da Câmara Municipal era gratuitamente ocupada pelas figuras mais representativas da cidade.
Atualmente, essas figuras se afastaram, dando lugar a candidatos incapazes de representar, com lucidez, discernimento e independência, os mais puros interesses da coletividade.
O plano inclinado dessa derrocada, na cidade, iniciou-se em meados do século passado, de forma histórica, quando um grupo de jovens do Bairro de Matozinhos lançou a candidatura de Nivaldo o tiradentino.
Aquilo que era simples brincadeira de moços transformou-se hoje em sério instrumento eleitoral no qual pupilam o fulano da farmácia, o Beltrano do Armazém, o Sicrano do Açougue e por aí vai, escoando pelo ralo da demagogia todo o civismo e seriedade que deveriam imperar em qualquer campanha política.
Mais uma vez, cresce o rabo do cavalo...E a democracia, que deveria conduzir à seleção dos melhores, torna-se instrumento para a escolha dos piores. os melhores nomes são desprezados pelo eleitor o que significa que os partidos políticos gostam mesmo de manipular os idiotas, incompetentes, por não possuirem condições de exercer o respectivo cargo eletivo de vereador. O prefeito eleito agradece e faz o quer quer, sem ser molestado pelo edis.
Jose b.t.salles
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