Dias atrás eu estava a refletir o rumo que os relacionamentos estão tomando. Gradativamente, aumenta a distância afetiva entre as pessoas.
Isso acontece entre os amigos, com os parentes, país e filhos. Sem percebermos vamos ficando cada vez mais isolados, e o que é pior, achamos que estamos fazendo a coisa certa. Já existem vários teóricos que defendem a ideia do individualismo, enaltecendo-o afirmando será prova de um ser humano auto-confiante, de bem com a vida, independente.
Quando leio essas coisas fico inconformado ao verificar a que ponto está chegando. Maquiar uma situação ruim para deixá-la mais atrativa e desejável.
O que muitos não percebem é que por trás desses tão sonhados individualismo e independência existe uma grande solidão. Solidão íntima, interna, que vai minando aos poucos nossa chance de ser feliz. Sim, ser feliz foi exatamente o que eu quis dizer. Isso porque o que eu quis dizer. Isso porque o homem é um ser social, e não tem como ser feliz sozinho, por mais que tentem fazê-lo crer que o individualismo é o que existe de melhor. Mesmo se esforçando bastante, ninguém consegue ser totalmente independente.
Atualmente a ânsia na satisfação de desejos egocêntricos é tão grande que as pessoas já estão fazendo coisas horríveis, sem a mínima culpa para atingir seus objetivos na pior expressão de os fins justificam os meios.
Essa falta de doação e solidariedade vem provocando uma erosão no terreno afetivo mundial. Dia virá em que seremos tragados pelo abismo, vítimas de nossa própria indiferença aos demais.
O mundo está ficando frio! Enquanto as geleiras derretem em função do aquecimento global, nossas consciências congelam e emburrecem ao acreditar que podemos ser felizes sozinhos.
Infelizmente, muitos só tomam consciências da própria burrice individualista e egocêntrica -(embora os termos não sejam sinônimos) quando estão velhos e, na maioria das vezes sozinhos. Essa hora costuma ser tarde demais para resgatar relacionamentos, gentilezas, amabilidades. Devargazinho vai percebendo que não recebe visitas nem telefonemas, quase ninguém se preocupa em verificar como ela está ou se precisa de alguma coisa, meses e meses se vão se passando sem a notícia de qualquer familiar.
Alías, para que serve mesmo a família Talvez, para satisfazer meus interêsses egoistas enquanto sou jovem, cheio de força e vigor. Posso abandonar meus filhos e conjugue se desejar. Existem até aqueles que preferem matá-los, alternativa já vem sendo colocada em prática por alguns.
E ficar sozinho na mocidade parece ter sabor de independência, que delicia! Vou onde quiser, faço o que bem entender...Isso é ótimo! Até eu envelhece e começar a adoecer e começar a doer. A solidão doe demais, e muita gente ainda vai amargar essa dor. Pessoas preocupadas em ter, esquecendo-se de ser. Pessoas incapazes de fazer sacrifícios pelo próximo, pois o eu e o meu comodismo são muito mais importantes .
Pena é vislumbrar o triste fim desses indivíduos...ali haverá choro e ranger de dentes.
Quem tiver sabedoria, entenda: o egocentrismo não assegura a felicidade de alguém, mas a sua ruína. Seja fraterno, solidário, atencioso, amigo e disponíveis aos demais enquanto há tempo. Nada aquece mais o frio da solidão que o calor de outras mãos!
Com certeza, para conquistar a tão almejada felicidade deve ser necessário muito mais, mas, quem seguir o acima, vai ficar muito melhor. Será capaz, em função da felicidade conquistada,de completar a receita
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