sexta-feira, 17 de junho de 2011

TRÂNSITO DE VEÍCULOS EM SÃO JOÃO DEL REI


Encontrar uma vaga para estacionar o carro na cidade virou uma espécie de loteria.
Existem áreas que, há pouco tempo, eram tranquila e, agora vivem num Deus nos acuda. É carro para todo lado. Ruas de bairros perto de escolas, quartéis , escritórios, centros comerciais ou de qualquer atividade que ajunte muita gente passam o dia repletas de carros que disputam cada espaço disponível. E o problema, infelizmente, não é mais exclusividade só de SJDREI. Em Tiradentes, por exemplo, também é muito difícil circular e estacionar. A quantidade de veículos nas ruas não para de crescer, tanto pelo aumento do poder aquisitivo quanto pelo equivocado modelo de mobilidade adotado pelo país afora, sempre privilegiando o transporte individual em detrimento do coletivo.
A queixa contra a trânsito é generizada. São João Del Rei, Tiradentes bem como cidades pequenas, tranquilas, sossegadas, já enfretam horas de rush. Filas de carro se formam nas ruas, semáforos passam a ser necessários e as prefeituras começam a ter de se preocupar com o tema. Acabam surgindo até embates com a população que, acostumada a parar em qualquer lugar , fazer conversões esquisitas e a cometer outras infrações de trânsito, reage quando a municipalidade passa a exigir o cumprimento das normas. Na verdade, salvo casos de cidades em que está realmente complicado, na maioria delas o que se vê são retenções que nem de longe, podem ser comparadas com o caos de metrópoles como SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO, BELO HORIZONTE, onde as autoridades perderam o bonde que não passa a anos e nem conseguem mais acompanhar o ritmo de complicações no trânsito. Há duas leituras possíveis para a situação no interior do Estado: uma é que as prefeituras têm que ficar espertas para intervir antes de o caos se instalar; a outra é que a população dessas cidades dá mostras de que sabe muito melhor o que é qualidade de vida.

O cidadão de cidades como Belo Horizonte está tão acostumados com o trânsito engarrafado que, quando encontra o fluxo um pouco melhor, fica feliz, a ponto de comentar com o amigo.
O normal, para ele, é ficar é ficar agarrado, irritado, atrasado, exasperado.
Nas cidades menores, o cidadão não abre mão de seu direito de ir e vir com liberdade como está acostumado. Daí, coloca boca no trombone quando não consegue circular com facilidade.
Ele está errado? Claro que não. A diferença simplesmente , é que ele sabe o que é bom.
Ainda não está submetido ao caos e, na verdade , deve reagir em vez de aceitar. Principalmente porque essas prefeituras têm ainda possibilidades maiores de intervir e planejar.
Um bom começo é exigir de todos os cumprimentos da lei. Já ajuda bastante. É muito mais fácil ensinar a respeitar faixas de pedestres em cidades menores do que nas grandes, obviamente.
Outras iniciativas são melhorar o transporte coletivo, estimulando os moradores a deixarem seus carros em casa, investir em sinalização, realizar intervenções em cruzamentos e em outras áreas nevrálgicas, uma vez que grandes obras são cada vez mais difíceis.
O certo é que há um campo enorme de trabalho para engenheiros de tráfego, indispensáveis agora, enquanto há tráfego.
Quando parar tudo, não haverá o que fazer.
Cidades históricas estão sendo invadidas por carros, motos, bicicletas etc, e os moradores estão perdendo espaço para caminhar. Em São João Del Rei se a prefeitura local não contratar um engenheiro de tráfego a nossa cidade vai parar em 2 anos. É ver para crer. Já fizeram de tudo para melhorar o tráfego de veículos, entretanto, pessoas leigas que se dizem especialistas, estão comprometendo a nossa segurança, a nossa vida. Está na hora de mudar a regra do jogo.
Não é só multar o motorista que infringe a lei não, porque se o motorista peca a culpa é da prefeitura, e mais; das autoridades que comandam o trânsito em nossa cidade.

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