quinta-feira, 7 de julho de 2011

DETONAÇÃO DE CONSCIÊNCIA CÍVICA - VAMOS ARRUMAR SÃO JOÃO DEL REI

SÃO-JOANENSE é, por natureza, arredio a todo movimento coletivo. Haja vista as associações, quer recreativas ou de classe, ou beneficiente, quando realizam suas assembleias para eleição de nova diretoria , salvo raras excessões, precisam utilizar o dispositivo estatutário de propósito preparado, para que a reunião se realize meia hora depois, em segunda convocação, com qualquer número de presenças. Isto porque ninguém vai, ninguém se interessa, todos têm confiança em todos, contando que não venha a maçada de ter que aceitar um cargo que irá dar trabalho e preocupação.

A coisa é tão evidente que a história de São João Del Rei guarda exemplos inesquecíveis de cidadão abnegados, que se dispuseram a carregar nas costas muitas entidades utilissimas, porque outros não aceitavam a prebenda e eles tinham que exercer a função de bode expiatório o que aliás faziam com imensa boa vontade e espiríto público, credenciando-os ao respeito de seus concidadãos.

Assim como todo o Brasil, ao tempo em que houve a investida sindical ou nos diretórios acadêmicos, graças a essa ojeriza do brasileiro em se incomodar a comparecer a reuniões decisivas, as minorias comunistas conseguiram tomar posições importantes dando a falsa idéia de que suas tropas dominavam os diverso setores trabalhados. Mas tudo não passava da atitude estática, do comodismo e da indiferença de muitos, em contraposição à esperteza de poucos que afinal acabavam com os trunfos na mão.

Como o fenômeno é geral, também na política tem acontecido exatamente a mesma coisa. E isso explica a formação de incríveis times de vereadores, que nos representam, uns semianalfabetos, outros sem a mínima qualificação, num vergonhoso quadro que entristece e afasta ainda mais os valores das pugnas partidárias, e enojam os poucos, de real merecimento que se elegem. Seria engraçado afirmar se não fosse o lado verdadeiramente trágico da realidade que esse resultado foi colhido da melhoria dos processos eleitorais no Brasil. Que contradição é essa do jornalista? Já se disse, falando-se de política que antigamente os homens eram bons e as eleições ruins: e as eleições são legítimas, mas os homens ruins.

É que, ao tempo dos antigos partidos, em que as eleições eram no ( cabresto), feitas a bico de pena, com atas escritas ao sabor dos mandões da situação ( governo não perdia eleição), os homens eram escolhidos entre os patriarcados mais elevado, os poucos, inclusive, que podiam completar seus estudos, até no estrangeiro. Assim, a Câmara Municipal de São João Del Rei tinha vereadores da estirpe de homens que deixaram história em nossa cidade e no Brasil e muitos e muitos outros de alto nível intelectual e moral.

O problema tem sido a OMISSÃO da elite, que volta as costas para o bem público. Sabemos que é duro sacrificar dias e dias para o bem coletivo, sofrendo injunções às vezes insuportáveis . Mas é dever, o primeiro dever do cidadão que ama sua terra.

Especialmente daqueles que a quem muito lhes foi dado em educação, em instrução, em vivência social, com elevado contingente de sabedoria e experiência em oferecer a serviço da COMUNIDADE. Enfim, o belo gesto de SERVIR e não servir-se dentro dos quadros das lutas políticas.

E aos companheiros do grupo dos CEM que nos dirigimos especialmente hoje, convocando-os a sair do comodismo. Ás pessoas inteligentes de boa formação, que desejam realmente uma reviravolta no bom sentido para a nossa terra, fazendo-a conquistar aquele estágio de desenvolvimento, bem estar e tranquilidade que merece, a essa gente dirigimos um apelo , para que dediquem uma parte do seu tempo daqui até as eleições, dando um pouco de pelo futuro de nossa terra.

Agindo dessa forma arrumaremos nossa cidade. O povo unido jamais será vencido. s


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