GRAÇAS A DEUS O JORNAL NACIONAL expôs com toda precisão didática como funciona a corrupção no Brasil. O fato horrorizou todos os brasileiros. Só não fica horrorizado quem o pratica. Os corruptos sem vergonha e os tremendos caras de pau.
O que vimos pela televisão, no entanto, não é o único, e deve-se reproduzir à sociedade pelo Brasil afora, em troca onde exista dinheiro público.
A sociedade, naturalmente, se horrorizou, mas mais indignado ficaram os agentes públicos encarregados de evitar que ocorram ilícitos como os apontados. Imediatamente , contratos foram cancelados, e a Polícia Federal foi chamada.
No entanto, nada o que foi apresentado pela reportagem é novo. Como disse uma personagem, a prática de pagar propina faz parte da ética do mercado e sustenta as relações entre governos e empresas e destas entre-si.
As firmas são especializadas - em prestar serviços para o governo e em ganhar licitações públicas. Nesse meio, só ganha quem paga propina. E quem participa de acertos feitos previamente destinados a combinar quem vai ganhar.
O esquema, ou cultura de pagar propina, não está restrita ao serviço público. Existe também na empresa privada, onde recebe a denominação eufemística de comissão, contaminando principalmente os departamentos de compras.
No poder público, o problema é da sociedade, que, em última instância, é quem paga a fatura e as notas fiscais frias.
Segundo informações a ONG CONTAS ABERTAS, A UNIÃO PAGOU QUASE R$ 200 MILHÕES A UMA DAS EMPRESAS ENTRE 2010 E 2012.
Para os brasileiros isso é coisa bandido e infelizmente o poder da bandidagem está infiltrado em todas as camadas das administrações: federal, estadual e municipal.
E, mais ainda, pura hipocrisia . É coisa de bandido mesmo, mas também é prática de mercado. Os empressários se safarão depois de responsabilizar seus funcionários. E tudo voltará a ser como antes no quartel de Abrantes.
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