ELEITOR NUNCA FOI RESPEITADO
Ética é a palavra de uso cotidiano no linguajar do povo, ao mesmo tempo, é a menos respeitada em seu inteiro teor, principalmente pelo político de plantão.
Os parlamentares adoram pronunciar a palavra, sem no entanto conhecer a dimensão, no combate à malversação em todas as atividades humanas. Fiz conformidade com a lei diria um nobre deputado descompromissado com a moral e a ética.
Em seguida, o candidato-presidente afirma que seu governo se empenhou em combater a falta de ética, como se esta fosse responsável pelos destinos cometidos na sua administração.
O jeito é sepultar esta falta de ética, porque, assim todos seremos iguais perante a lei e livre de falsas acusações por falta dela. Meu comentário, se partisse de um menos esclarecido, seria apenas um desabafo de mesa de bar, mas no meu caso, faço por deboche mesmo, mostrando o verdadeiro descalabro a que chegou a vida pública nacional, com políticos brincando com a boa fé dos eleitores.
Em época de eleição alguns candidatos tentam angariar votos de acordo com a religiosidade do seus eleitores. Para mim, isso é um disparate, num país onde se pratica a democracia. Apoiado na religiosidade, o candidato corre o risco de conquistar um voto resignado de quem fecha os olhos para a vida política do candidato, vendo-o apenas pelo perfil religioso.
Desse modo, cerceia-se o livre arbítrio do eleitor, que não mais mede seus votos por convicção política, e sim por uma afinidade religiosa, não avaliando os dotes do postulante ao cargo de deputado. Está na hora de se dar um basta nessa lambança eleitoral, na qual o poder é medido pelo dinheiro e não o dinheiro medido pelo poder.
Aproveito para sugerir mudanças políticas, nem que seja através de movimentos comunitários.
Veja bem eleitores: Ao poder legislativo cabe legislar e fiscalizar o funcionamento do executivo. Este, por sua vez, não pode ficar repassando verbas para que deputados façam isto ou aquilo em suas bases eleitorais.
Afirmo que isso só faz aumentar o clientelismo e os legisladores fazerem a sua política demagógica e se manterem no poder.
Ainda fomenta a corrupção, pois muitas vezes apenas uma parte da verba chega ao seu destino, quando chega. A não ser quando vai beneficiar os seus cupichos. Isso precisa acabar com urgência.
Que o poder executivo, nas suas várias esferas, tenha pessoas competentes para indicar prioridade e assumir a obrigação de liberar verbas necessárias. E que o poder legislativo fiscalize com rigor as atitudes do poder executivo, denunciando as medidas cabíveis.
Será que podemos confiar nos deputados? Quantos parlamentares envolvidos em escândalos foram reeleitos e a maioria estão querendo fazer parte da comissão de ética.
Serão que serão aceitos.
No poder tudo acontece. O povo que se dane.
Nenhum comentário:
Postar um comentário